#015 – ISO 9001:2015 – Contexto da Organização com Igor Furniel

#015 – ISO 9001:2015 – Contexto da Organização com Igor Furniel

Esse podcast é para quem quer saber como usar o contexto da organização no dia a dia, no trabalho e no planejamento estratégico da empresa.

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Apresentação

Neste episódio, Jeison Arenhart de Bastiani, Diretor executivo da Forlogic Software e Auditor Líder ISO 9001:2015, junto com Monise Carla Bueno, editora do Blog da Qualidade e Auditora Líder ISO 9001 conversa com Igor Furniel, presidente fundador da Templum Consultoria e Evolutto, especialista em sistemas de gestão e gestão empresarial, sobre o novo item explícito da ISO 9001:2015 – Contexto da Organização. Este é um bate papo sobre as nossas experiências com planejamentos estratégico e qual a importância disso para uma empresa.

Tema: Contexto da Organização de acordo com a ISO 9001:2015

1 – O que é Contexto da Organização?

  • É basicamente entender a realidade da empresa, pois toda empresa tem uma particularidade.
  • Atualizando o Manual da Qualidade eu estou fazendo o contexto?
  • Pela primeira vez está tão explicito a necessidade de analisar o Contexto da Organização na ISO 9001:2015.
  • Se os donos da empresa já conversam sobre o negócio, já fazem uma análise de contexto, obviamente bem mais empírico, e rasa, por isso é bom usar ferramentas para estruturar o planejamento estratégico e separar tempo para refletir o contexto, mas é basicamente refletir a realidade da empresa, ver a empresa de cima.

2 – Por que o item 4 está na ISO 9001:2015?

  • Antes desta versão, as pessoas se preocupavam muito mais com a auditoria do que com a gestão
  • O que importa na versão 2015 é o RESULTADO
  • Para isso dar certo, é necessário entender sua realidade, o seu contexto
  • A partir do entendimento do contexto, você desenha seu sistema de gestão da qualidade de acordo com sua realidade.
  • A ISO vai se adaptar a sua realidade, e não a sua empresa se adaptar à ISO.
  • O objetivo é que cada empresa entenda seu contexto e aí então faça as decisões para implantar o Sistema de Gestão
  • O sistema de gestão deriva do Contexto
  • Contexto da organização é o planejamento estratégico
  • Implantar um Sistema de Gestão é uma decisão estratégica
  • É o maior desafio dos auditores entender o contexto da organização das empresas antes de auditar
  • As auditorias vão ficar mais demoradas por causa disso

3 – Por que o Contexto da Organização deve ser bem feito?

  • Em uma empresa está tudo interligado
  • Você precisa entender uma empresa
  • Um contexto mal feito vai gerar processos que não serve para nada
  • Se você não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve

4 – Entendendo a Organização e sua empresa

  • Tem gente que não sabe pra que a empresa serve
  • Tem que cuidar das questões internas e externas
  • Deve estar condizente ao propósito da empresa, ou seja, missão do negócio
  • Está relacionada ao planejamento estratégico
  • O contexto é “o que?” o restante da norma é o “como?”
  • Você pode usar a Análise SWOT, mas também várias outras ferramentas
  • Faça a análise com a ferramenta que melhor se adapta a sua empresa
  • SWOT, Canvas, BSC, são métodos, você pode utilizar qual é melhor para sua organização
  • Missão, Visão e Valores não pode ser balela
  • Quando a missão, visão e valores são definidas de verdade e você persegue isso, trará grandes benefícios para empresa
  • A missão é sobre a razão de ser da empresa
  • A visão é onde a empresa quer chegar
  • Valores direcionam comportamentos
  • Não existem valores certos ou errados, existem valores que você compactua ou não
  • Não faça essas definições de qualquer jeito, existem métodos para isso
  • Essas coisas definem a cultura da empresa
  • A falta de engajamento da sua empresa é um sintoma de uma cultura doente
  • Você não tem cultura da qualidade ou não tem qualidade na sua cultura?
  • O não entendimento da cultura da sua empresa pode impactar negativamente a análise de contexto da sua organização

5 – Entendendo a necessidade e expectativas das partes interessadas

  • As partes interessadas são pessoas que estão interessadas no seu negócio de alguma forma
  • Pode ser o colaborador, cliente, fornecedor, sociedade…
  • Mas não use apenas as tradicionais, seja o mais específico possível na definição de partes interessadas
  • Não há uma receita de bolo para definir as partes interessadas
  • O que importa nessa definição é o seu contexto
  • Você precisa entender suas partes interessadas para entender as expectativas delas
  • Assim eles te ajudam a enriquecer seu contexto

6 – Determinando o escopo do Sistema de Gestão

  • Não há mais exclusões com a nova ISO
  • Não faz sentido certificar apenas um departamento na empresa, já que você deve analisar o contexto da empresa toda
  • Está mais desafiador pois agora o Sistema de Gestão compreende toda organização
  • Uma coisa que escutamos muito é “a ISO engessa”, mas isso não é verdade
  • A ISO não complica o trabalho, ela só torna visível o trabalho que você tem
  • E trabalhar dá trabalho, é normal, mas o resultado compensa
  • Agora o termo correto é aplicabilidade
  • Em algumas situações, há requisitos que realmente não são aplicáveis
  • Não é só uma mudança de termo, de “exclusão” para “aplicabilidade”
  • Estamos falando de aplicabilidade de requisitos normativos, e não de departamentos
  • Uma boa análise de contexto te ajuda a entender o que se aplica ou não na sua empresa

7 – Sistema de Gestão da Qualidade e os seus processos

  • A gente só fala de processos depois de definir contexto
  • Não defina contexto depois de definir processos
  • Você pode dividir em dois blocos: processos principais e de apoio
  • Você também pode fazer sua cadeia de valor, onde você mapeia os processos que agregam valor direto ao cliente
  • Todos processos são importantes, mas existem processos que tem relação direta com o cliente
  • A partir dessa identificação, você pode descobrir que existem processos a serem criados ou excluídos
  • Pode ser que ao entender seu contexto, você faça ajustes em processos
  • Trabalhar com processos é um trabalho constante
  • É muito fácil ter processos redundantes ou que não serve pra nada
  • Devo fazer um procedimento, um IT ou um POP? Isso vai depender do seu contexto
  • Existe diferença entre processo, departamento e atividade
  • Um processo é algo em movimento, existe uma entrada, um processamento e uma saída
  • O processo está recheado de atividades que pode estar dentro de um departamento
  • É melhor que o processo não tenha o nome do departamento
  • Se não vão pensar que as atividades são só do departamento
  • Existem processos que são ponta a ponta e passam por diversos departamentos
  • É muito mais importante executar o processo de maneira adequada, do que fazer um controle perfeito
  • O controle é para apoiar a operação, não o foco do processo
  • Você deve responder: “O processo é para…?” e você entende qual o motivo do processo
  • Segunda pergunta: “Como você faz para entregar isso?” e aí você entende as atividades
  • Segunda pergunta: “Como você monitora essas entregas?” e então você decide o controle
  • Antes o sistema era mais orientado a isso, agora, com essa nova ISO está melhor
  • Falar sobre processos também é falar sobre contexto

8 – Qual ferramenta eu uso para definir Contexto?

  • Muito mais importante que a ferramenta, é a discussão sobre o contexto
  • É muito bom que você não faça de qualquer jeito e isso não tem a ver com ferramenta
  • Você pode usar várias ferramentas e fazer de qualquer jeito
  • O plano estratégico não vem do BSC, ou de qualquer outra ferramenta
  • As decisões podem ser apoiadas em ferramentas, mas não são necessariamente o planejamento
  • A ISO não fala sobre ter um planejamento estratégico documentado, não precisa ser
  • Use a ferramenta que a sua empresa se sinta mais a vontade para usar
  • Saiba o porquê você está usando aquela ferramenta
  • Faça bem feito, e se possível, sem pressa
  • Envolva pessoas para fazer seu planejamento estratégico
  • Não faça para “inglês ver”
clique aqui para ler o roteiro completo
8 Comments
    • Renato Godinho
    • 5 de abril de 2018
    • Reply

    cada podcast melhor que o outro!
    pessoal, vcs estão de parabéns por disseminar conteúdo de grande relevância!
    vale ressaltar que as participações do Igor são sempre enriquecedoras …
    grande abraço a todos e até o próximo podcast …

      • igor
      • 6 de abril de 2018
      • Reply

      Muito obrigado @disqus_eT3x7OXS9L:disqus! Feedbacks como o seu nutrem nossa vontade de fazer mais e mais!

    • Fala Renato! Tudo bom?
      Cara, que bom que tá gostando, o @disqus_3p6NRmDSIR:disqus é bom mesmo, e o conteúdo ficou mesmo legal.
      Continua compartilhando com a gente suas percepções.
      um forte abraço!

    • Helder Costa
    • 22 de abril de 2018
    • Reply

    Muuuito bom pessoal. Vocês estão de parabéns pela profundidade das análises e clareza nos esclarecimentos e exemplos.
    Eu tenho uma dúvida muito grande em relação a forma como se aplica o escopo versus os processos que impactam na qualidade do produto. Me parece que são duas formas para se definir o Sistema de Gestão da Qualidade e seus processos mas que não necessariamente definem o mesmo sistema. Exemplo: Se uma empresa produz partes de lataria de veículos e também as pinta e a empresa decide que o escopo da certificação vai ser em relação fabricação da lataria mas não da pintura de carro e então o cliente reclama que o produto foi entregue com um arranhão. Isso significaria que essa reclamação do cliente não diz respeito ao SGQ? Ou seja, não poderia ser uma não conformidade a ser considerada? Se pensarmos no SGQ pelo escopo definido a resposta é uma mas se pensarmos que o SGQ deve incluir todos os processo que afetam na qualidade do produto a resposta é outra. Como seria a interpretação correta? Me ajudem por favor!!! Grande abraço a todos!

    • Bom dia Helder, tudo bom?
      Cara que bom que gostou desse episódio do Qualicast!
      Sobre sua dúvida, seus problemas acabaram,… sobre o Escopo, falei com meu amigo Neifer França da QMS, e ele tem a mesma opinião que eu.
      Na versão 2015 da norma descreve que pode limitar se:
      “não afetar a capacidade ou responsabilidade da organização de assegurar conformidade de produtos e serviços”,
      pelo caso que você descreveu não é o caso, isso afeta demais a qualidade da entrega para o cliente, ou seja, não é recomendado separar o escopo dessa forma.
      Faz sentido pra você?

      um forte abraço e obrigado por escrever!

    • RUBENS LEONARDO
    • 3 de maio de 2018
    • Reply

    AI TRUTA VCS PRECISÃO PALESTRAR PESSOALMENTE SÓ PARA PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS, existe professores que curti, quando o aluno não entende PORRRAAA NENHUMA!!! VC JÁ FOI ATENDIDO POR UM GERENTE,GESTOR, LÍDER… QUE ESTA MAIS PERDIDO QUE CACHORRO CAI DA MUDANÇA!!! ENTÃO !!! TEM GENTE QUE É @#@#@!*@### PRA EXPLICAR O QUE NEM ELA SABE !!! “LINGUAGEM CLARA E OBJETIVA!!! PASSA NA FACU…PASSA…PASSA LÁ… PASSA….KKK #OBAGULHOÉLOKOPARÇA!!!

    • Rubens, teu nível de loucura superou o meu nesse comentário, parabéns! Huahauahuahauahau…

      Sobre passar na sua facul, passo sim, mas ONDE? Aproveita pra falar de onde você é, e nós vamos pensar nisso sim! Que bom que você entendeu a linguagem do podcast!
      #MeteOLoko

      Grande abraço cara.

        • RUBENS LEONARDO
        • 4 de maio de 2018
        • Reply

        KKKK DESCULPE-ME A DEMORA PARA RESPONDER-LHE a noite estou com um puco mais de tempo para conersarmos,pode ser? agradecido!

        Em 4 de maio de 2018 11:52, Disqus escreveu:

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