Esse podcast é para profissionais da qualidade, representantes da direção e você, que quer entender as diferenças entre a versão 2008 e 2015 da ISO 9001.
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Links citados no Podcast
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Apresentação
Jeison, Monise, conduzidos pela Marina Beffa, falam sobre as diferenças entre a ISO 9001:2008 e 2015. A discussão se estende a mudanças de requisitos, terminologias, informação documentada e também sobre o que há de novo na ISO 9001:2015. Ao ouvir, você conhecerá alguns porquês das mudanças, fundamentos das alterações e, se você já tem a ISO 9001:2008, o que você pode aproveitar da versão anterior, além do que você tem que implementar de novo.
Tema: Diferenças entre a ISO 9001 versão 2008 e 2015
1 – Terminologias
- Na versão 2008, a ISO se referia à “produtos” e na 2015 se refere à “produtos e serviços”
- Aconteceu para deixar claro que a norma é aplicável a qualquer tipo de segmento
- Nós, uma empresa de serviço, já tínhamos a versão 2008
- Os auditores já diziam que era também para empresa de serviço, mas não estava escrito na norma
- Agora está claro na norma que também é para prestadoras de serviço
- A maioria das mudanças de nomenclaturas foram mais para clarificar algumas coisas que estavam um pouco confusas na norma
- Outra mudança é sobre o termo exclusão, que agora é “aplicabilidade”
- Agora não temos mais exclusão de item
- Na 2008 você “excluía” um item no seu escopo
- Agora, você diz se o item é aplicável ou não de acordo com o contexto da sua organização
- Tirar algum item não é uma escolha, agora, você diz se é aplicável ou não de acordo com a natureza do seu negócio
- O representante da direção também “sumiu” da norma
- É uma opção usar ou não, muitas empresas mantiveram o termo
- Mas oficialmente, o termo não consta mais na ISO 9001:2015
- Na versão 2008, era necessário indicar um Representante da Direção
- Nas auditorias, o auditor procurava o Representante da Direção
- Não que não possa ter o RD, mas agora isso deveria mudar pois a Alta Direção é auditada
- A Direção que distribui as responsabilidades e não fica só em uma pessoa
- Mas o papel de assistente, profissional da qualidade, ainda existe dentro do sistema de gestão
- Mas não precisa ser chamado de Representante da Direção
- Documentação, Manual da Qualidade, procedimentos documentados, registros… na versão 2015 passaram a ser chamados de Informação Documentada
- Essa mudança também foi para deixar claro que qualquer mídia pode ser uma informação documentada
- Tanto um word, excel, como uma foto, vídeo, áudio, desenho
- Qualquer maneira de você registrar ou documentar alguma informação é uma informação documentada
- Quando falamos que usamos o Qualicast para integração de novos colaboradores, é uma informação documentada que nós temos
- O Qualicast #003 sobre não conformidades, é obrigatório aqui para todo novo colaborador para que ele entenda o que é NC
- Outra terminologia é “ambiente de trabalho”, que na versão 2015 se transformou em “ambiente para operação de processos”
- Veio também para deixar claro que é o ambiente onde acontece os processos da empresa
- A mudança foi mais explicativa, então não mudou muita coisa
- Equipamento de monitoramento e medição que agora é chamado de Recursos de monitoramento e medição
- Mudança para ficar mais abrangente, pois “recursos” pode ser qualquer coisa, e não só equipamentos
- O termo “fornecedor” se transformou em “provedor externo”
- Havia uma certa confusão. Achava-se que o fornecedor era só aquele que fornece o produto, relacionado a matéria prima e tudo mais
- Várias empresas tinham terceirizados dentro da organização, por exemplo, empresas que terceirizam a limpeza
- Esse “fornecedor” dentro da empresa antes não era contado como parte do sistema de gestão
- Então o termo foi mudado para deixar mais claro que provedor externo, estando dentro da empresa ou não, ele também participa do sistema de gestão da qualidade
- Produtos adquiridos na versão 2015 são “produtos e serviços providos externamente”
- Essa mudança foi para adequar o termo aos provedores externos
- Incluindo serviços
2 – Mudanças de terminologias nos Princípios da Qualidade
- Outra mudança foi nos princípios da qualidade, que antes eram 8 e agora são 7
- Não que tenha sido excluído um princípio, mas que 2 princípios se juntaram
- O que antes era o 4º princípio da qualidade: abordagem de processos
- E o 5º princípio: abordagem sistêmica de gestão
- Agora, na versão 2015, se transformaram no 4º princípio: Abordagem de Processo
- Isso para dizer que o processo são um conjunto de atividades que acontecem na organização
- Um sistema de gestão é um conjunto de processos
- Portanto, não são coisas separadas, eles acontecem junto
- Teoricamente, não poderiam ter processos soltos dentro da empresa
- O 6º Princípio da Qualidade que era “Abordagem factual para tomada de decisão”
- Agora é o 5º princípio: “Tomada de decisão baseada em evidência”
- Ou seja, usar evidências para tomar decisões
- A evidência é algo mais incontestável do que um fato
- O 7º Princípio da Qualidade também mudou
- O que era “Melhoria Contínua” passou a ser o 6º princípio da Qualidade que é “Melhoria”
- Essa mudança não foi tão radical, foi apenas para alcançar também as melhorias menores
- O 8º princípio que era: “Benefício mútuo nas relações com fornecedores”
- E agora é o 7º princípio que é chamado de “Gestão de relacionamentos”
- Isso porque precisamos nos relacionar com todas as partes interessadas e não só com fornecedores
3 – Novos requisitos
- Primeira coisa nova foi o Anexo SL
- Não é um requisito, mas é uma estrutura que organiza todos os requisitos
- Está presente em todas as normas atualizadas a partir de 2012
- Será comum ver todas as normas ISO dentro desta estrutura
- Essa estrutura ajuda a olhar pra norma de maneira mais integrada
- Facilita muito, principalmente para empresas que montam um SGI, Sistema de Gestão Integrado
- A ISO 17025, 14001, 37001, 27001 e várias normas já estão nesse formato
- Outra coisa nova e que assusta é a Mentalidade de Risco
- Também não é um requisito, mas sempre fala de riscos e oportunidades em vários requisitos
- Sempre que pensarmos em riscos e requisitos da norma, temos que pensar em riscos e oportunidades relacionadas aquilo
- Mentalidade de risco é uma postura que devemos ter para olhar para o sistema de gestão
- Você vai encontrar riscos e oportunidades por toda norma
- No requisito 6, vai falar especificadamente sobre abordar riscos
- Outro requisito que surgiu foi o Contexto da Organização
- Desta forma ele ainda não havia aparecido
- Agora não é só sobre objetivos da qualidade, mas devemos olhar para a organização
- Analisar o que precisa ou não ser feito, não saia simplesmente executando
- As partes interessadas, que agora falamos de foco no cliente, mas entendendo a empresa, há a necessidade de olhar também para outras partes que compõe a organização, os stakeholders
- Na versão 2008 já havia essa análise, mas agora está mais explícito
- Outro requisito novo é o 7.1.6 Conhecimento Organizacional
- É um assunto complexo por si só, nem é por causa da norma
- Foi inserido para as empresas terem mais atenção em proteger esse conhecimento organizacional, que é “como a empresa faz as coisas”
- Os papas no assunto Gestão do Conhecimento são Nonaka e Takeuchi
- Com a alteração da informação documentada, como os processos não precisam ser documentas, é importante se preocupar com o conhecimento organizacional e também com a segurança dessa informação
- Mudanças em requisitos para produtos e serviços, no requisito 8 Operação
- Alteração para orientar como deve ser feita uma mudança, assim como no planejamento de mudanças no item 6
- Enfatiza a verificação dos produtos e serviços antes de liberar para clientes
- Tem a ver com acompanhamento do produto e serviço até chegar ao cliente
- Relacionado a alterações combinadas com o cliente
- Também tivemos algumas mudanças em relação a informação documentada
- O manual da qualidade não é mais obrigatório
- A norma não é mais prescritiva, ela não fala o “como” você deve fazer, mas “o que” você deve fazer
- Tem mais a ver com princípios, comportamentos
- Na versão 2008 havia uma lista de procedimentos obrigatórios
- Agora não tem, mas não necessariamente que você não precisa dos procedimentos
- A versão 2015 tem um lema que é “o que importa é o resultado”
- O foco é muito mais sobre o resultado do trabalho que você está fazendo do que com o “como” você faz
4 – Comparação estrutura da versão 2008 com a versão 2015
Faça o download da planilha de comparação da ISO 9001:2008 e ISO 9001:2015 para acompanhar a discussão:
Promessas
Neste EP nós prometemos fazer podcasts sobre:
- NPS – Net Promoter Score
- Diferença entre produto não conforme e não conformidade
- Relação entre a Qualidade e Estratégia
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